e me acende
sem nenhum contato...
Deixa-me de água na boca
quando me ataca em brasa...
Invado teu mundo
levando-a ao meu submundo
Imundo ser carnal que sou...
Mesmo sem querer, viajo...
navego no cio queimando-a
em brasas de um amor sem fim...
Quando contornas minhas costas
com teus beijos feito maré
se abrindo aos meus apelos
lambendo os meus pêlos em labaredas...
rasgo tua seda e possuo-te Sereia...
Ela me excita com a voz
me deixando sem fôlego
me deixa louco
quando me detém na tua gruta
não me deixando escapar...
Somente os meus beijos salivados
molhados de desejo e fogo
conseguem deixá-la inerte.
Então, saio de soslaio
e faço renascer das cinzas
a tormenta que de novo te esquenta,
quando minha língua invade tua gruta...
num balanço leve tal qual
notas repetidas de um tom baixo!...
que te levanta e te assanha
fazendo-te gozar em ré...
louca para chegar em mi...
No sustenido
som do gemido,
nenhuma gota de esperma
fora gasta
antes do teu gozo
em todas as notas...
E do cio que ela me induz...
Convido-a para uma longa cavalgada
num castelo perdido da madrugada
para que eu possa gozar bemol
no ejacular do sol...
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