Nada pode ser tratado de forma generalizada
O beijo que não dei por falta de espelho
Toda mulher precisa de alguma coisa ou atenção
Mimos e presentes não dizem nada
Quando a falta do calor escala nos píncaros da madrugada
Poesia alguma fará a diferença
Para ser descrente tem que ter pelo menos uma crença
Se o ateu quer ser tratado como agnóstico
Mas não nega a Deus devido ao medo ou ao excesso de consciência
Se o plebeu deseja a princesa por apenas obediência
E o á toa quer o labor talvez pela incerteza
Que a preguiça é a mãe da falência
Ou que a cozinha fica além da dispensa
Nada disto eu sei, não sei nada disso...
Nem se o padre reza a missa na terça
Ou se reza o terço apenas na sexta
Nada disto eu sei, não sei nada disso...
Porque não sei de nada
Ou se sei sei apenas o que sinto
E o sinto para tu podes não ser nada...
Também não tenho bola de cristal
Não jogo búzios ou boto cartas
Que na mesa vazia não jogo mais nada
Nada disto eu sei, não sei nada disso...
Se para rolar amizade tem que haver compromisso
O silêncio da dor mata mais que bala de revolver
E esse amor incontido que nunca se dissolvi
Se por acaso saio nas ruas a ti procurar
O destino é incerto ninguém sabe onde irá chegar...
Nada disto eu sei, não sei nada disso...
Se para rolar amizade tem que haver compromisso
Não sei quantas vidas já vivi
Não sei se ao menos me esqueci
Que tu existis no meu pensamento
E que tal pensamento já se tornou o meu tormento
Nada disto eu sei, não sei nada disso...
Se para rolar amizade tem que haver compromisso
Contudo não sei o que dizer
Se te amo
Ou se ao menos amo-te
Mas uma coisa é certa
E pensando nisso fico animando
Que para ir para prisão
Prefiro logo ir algemado
Do que ficar aqui sozinho
Lamentando no sobrado
Que o amor é coisa do passado
Ou que a voz da consciência
Não fala nada e não pode haver transparência
Nada disto eu sei, não sei nada disso...
Se para rolar amizade tem que haver compromisso
Nenhum comentário:
Postar um comentário