domingo, 9 de setembro de 2012

VIDA DE MORCEGO



Vivo na mais completa escuridão
Ando perdido e sem direção
No voo cego da cruz que carrego

Pelas noites saio...
A procura de sangue
Ou de apenas uma sangria

Sou um ser notívago
Que esconde os dentes
Para não morder o próprio pescoço

Ouço sons e gemidos
Na noite todos os gatos são pardos
Ou negros, loiros, morenos, ruivos...

Não importa a raça
Tudo que eu quero é caça
Enquanto tu me prendes

Tu me cativas sem pensar
Sem querer; sem fazer força
Sem Amar...


Espero-te no Batcaverna
Triste homem-morcego
Que somente hiberna


Entre dois goles de cerveja
Faltam as gotas de felicidade
Nesta paixão que me invade

Tu me prendes porque és autoridade
Mas não me cativas somente por ser beldade
Necessito bem mais do que sangue e trago

Preciso que me vires
Que me leves e traga
Ou que me deixes de ponta a cabeça...


Infelizmente
Continuo no aguardo
da Mulher-gato...






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