Tu tens algo que não posso te dar
Asas da imaginação
A liberdade e o livre arbítrio
Veredito e sentença sem tribunal
Sem advogado e sem promotor
Objeto em apreciação era o um tal sentimento
Um sujeito inexistente
Que não toca e não atende
Pela alcunha de Senhor Amor
Réu confesso já se dedurou
Sem amplo direito de defesa
Não tem motivo para o contraditório
Já foi sepultado sem velório
Só não foi cremado
Por falta de fogo
Anjo caído não me arranca deste inferno
Passei direto do purgatório
Sem direito a voto ou interrogatório
Com punhal de prata
Eu mesmo aplico a sentença
Licença poética à parte
Asas sobrepostas
Asas sobrepostas
Licença poética à parte
Eu mesmo aplico a sentença
Com punhal de prata
Sem direito a voto ou interrogatório
Passei direto do purgatório
Anjo caído não me arranca deste inferno
Na espelho da vida
Que este Anjo
Me fez partir-me ao meio...
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