domingo, 23 de setembro de 2012

ANJO


Tu tens algo que não posso te dar
Asas da imaginação
A liberdade e o livre arbítrio
Veredito e sentença sem tribunal
Sem advogado e sem promotor
Objeto em apreciação era o um tal sentimento
Um sujeito inexistente
Que não toca e não atende
Pela alcunha de Senhor Amor

Réu confesso já se dedurou
Sem amplo direito de defesa
Não tem motivo para o contraditório
Já foi sepultado sem velório
Só não foi cremado
Por falta de fogo

Anjo caído não me arranca deste inferno
Passei direto do purgatório
Sem direito a voto ou interrogatório
Com punhal de prata
Eu mesmo aplico a sentença
Licença poética à parte
Asas sobrepostas

Asas sobrepostas
Licença poética à parte
Eu mesmo aplico a sentença
Com punhal de prata
Sem direito a voto ou interrogatório
Passei direto do purgatório
Anjo caído não me arranca deste inferno

Na espelho da vida
Que este Anjo
Me fez partir-me ao meio...



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