O homem não é uma mera criação do Homem. Ele também não surgiu do nada. Para alguns, também pode ser inconcebível que no homem possa ter uma descendência de outro animal, senão dele mesmo. Desta forma, o homem criou algo que pudesse explicar o inexplicável: a sua própria existência. Ele se criou através das suas crenças e inventou os seus mitos. Tudo que o homem não conseguiu explicar, ele deu uma conotação surreal e até divina.
domingo, 9 de setembro de 2012
LEONINO AGOSTO
Entre Julho e Agosto
Nascem as almas leoninas
Todas têm fogo e luz em adorno
Todas são almas másculas e femininas
Em em diferentes fases e distinto contorno
Entre Julho e Agosto
Nascem as Artes cristalinas
Todas têm talento e brilha a gosto
Todas as formas de manifestação são válidas
No quadrante de telas de corpo inteiro ou somente rosto
A cada agosto me renovo
Mesmo que minha Arte não brilhe
Mesmo que minha chama se apague
Nas águas de agosto que tudo inunda
Assim é a vida do Poeta
Essa é a essência do ser híbrido
Que se muta a cada agosto
Que se transforma a cada lua
A cada agosto me reescrevo
Mesmo que minha Arte não permaneça
Mesmo que minha brasa não fique acesa
No derramar das águas de agosto que lacrimeja
Assim é a vida do Artista
Essa é a forma do ser naturalista
Que se transmuta a cada agosto
Que se revela a cada estação
A cada agosto me releio
Mesmo que minha Arte não seja registrada
Mesmo que minha centelha não fagulhe
No derramar das águas de agosto em dilúvio
Assim é a vida do Leonino
Essa é a característica de um elemento inflamável
Que se queima a cada agosto
Que renasce das cinzas tal qual a Fênix
Vivo cada agosto como se fosse o último
Para tomar gosto pela vida
Apesar da tinta branca do tempo
Que passamos nova demão a cada Agosto...
Entre Julho e Agosto
Aniversariam as almas e os corpos leoninos
Todos renovam o fogo e se reluzem em adornos
Todos os corpos e almas másculas e femininas
Em diferentes fases e distintos contornos
Na demão da tinta branca do tempo
Que recebem entre Julho e Agosto
(Eustáquio Mário Ribeiro Braga)
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