quarta-feira, 29 de outubro de 2014

FINADOS


Não há final sem início
Interstício da morte
Nascer e vida...
No vácuo do tempo
Guardo imagem e lembrança
Mãe que na Paz descaça
Pai que no Bosque vive a sua morte
Acredito com a mesma esperança...
Guardo as marcas dos dias
Nas chagas de quem ainda chora
Faço minhas as tuas feridas
Contudo, quem chega vai embora
Tudo marcado, mas não sabemos
O dia, o mês, o ano e a hora...
Neste domingo festivo
Porque não lembrar dos momentos felizes?
Pouco importa se partiram bem antes
Elegantes passos que hemos de seguir
Tanto faz a Paz ou Bosque
Porque da vida a única certeza é a partida
E, não a morte, porque pode ser Nova Vida...

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