segunda-feira, 25 de maio de 2015

VOLTAS

Gira, gira, gira mundo...
Ouvindo somente o grito do silêncio.
Calo-me e espero as suas voltas...
Se mensurar o sujeito inexistente
O tempo inventado @ aguarda,
@ espera e @ fere ou @ acaricia...
Gira, gira, gira mundo...
Quantas voltas hemos de dar?!
Envolto em envólucros
Na tenra carcaça da alma
Em espírito contemplo-te forças da natureza
Que interagem sem preconceito
Sem fazer escolhas
Quiçá em constantes renúncias...
Apenas gira, gira, gira mundo...
Quantas voltas hemos de dar?!

Ah! No movimento é assim.
Como a terra na sua rotação e translação
Tudo que vem se vai...
Seca, míngua, acaba ou se transforma
Ação e reação; causa e consequência...
Quantas voltas hemos de dar?!
Gira, gira, gira mundo...
Ignora e despreza os ponteiros
Que de tanto voltear
Ficou tonto e perdeu a noção de tempo
Sem se estabilizar e deu uma falsa impressão
Que ficou inerte, estático, rijo, fixo no mesmo lugar...
Gira, gira, gira mundo...
Apesar do Acaso, da sorte, da desordem, do impasse, do caos, da morte...
Gira, gira, gira mundo...
Mundo do José, da Maria, do Raimundo, d@...

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