SEÇÃO REFLEXÃO
Lendo o texto de um post da minha amiga Maria Luiza Quaresma Tonelli, resolvi curtir, comentar e compartilhar também o meu pensar, não poético, como de costume o faço. É bom que as pessoas entendam um pouco do "meu pensar" enquanto cidadão e o pensar coletivo que me faz socialista e não individualista. Leia o texto da amiga e a minha resposta logo abaixo.
PENSARES
Curti o seu post e todos os comentários, pois infelizmente convivi com pessoas assim: parentes e "amigos". Não sei o que passam pelas cabeças deles, principalmente, por saberem das minhas origens, da minha luta, do sofrimento, das privações, das perseguições e do abandono. Conheci a exclusão social desde muito pequeno e das diferenças entre classes até dentro da mesma casa (de parentes) em que fui abandonado, sendo que alguns irmãos tinham tudo de bom e de melhor ao passo que outros não tinham nada. Tinham que trabalhar e lutar para até poder ter uma alimentação melhor. Sim, passei fome quando ainda morava com minha mãe e não existia um programa de inclusão social e de combate à fome e a miséria. Não tive acesso à Educação de qualidade e não tive família para custear. Dentro de casa outros tiveram. Como iniciei minhas atividades laborais muito cedo, mas somente dos 15 para os 16 anos obtive registro em carteira, vivia de migalhas. Então, como durante o dia trabalhava muito, à noite tinha que estudar, mas o aproveitamento era pífio, posto que andava muito durante o dia e carregava peso. Depois de concluído o segundo grau, não tive condições de concorrer em igualdade com os outros semi-adultos que ingressavam nas faculdades pública, sendo que as escolas privadas o custo era elevado e não havia programas sociais como o prouni. Resultado, somente depois dos trinta anos pude cursar o terceiro grau e com quarenta e um anos me formei porque pude custear o meu estudo. Como no trabalho sempre carreguei pianos para outros tocarem, nunca tive bons cargos, gratificações ou salário compatível com as diversas atividades exercidas, aliás, muitas exerci de maneira voluntária. Por isto, ainda não pude fazer uma pós-graduação ou mestrado, embora trabalhe em uma empresa pública que possui uma Escola de Governo. Agora, depois que deixaram morrer a nossa pesquisa, até disponho de tempo para estudar, mas agora é tarde porque se eu fizer algum curso custeado pelo governo, terei que cumprir igual período e estou próximo da aposentadoria. Aliás, estou no final de carreira e não terei qualquer tipo de promoção por escolaridade, posto que a que tive depois da conclusão do ensino superior não me permitiu obter salário muito maior do que teria aquele que não possui um diploma de terceiro grau. Ou seja, quem conhece a minha história deveria ser o primeiro a não me provocar. Por isto, deleto, excluo e até bloqueio essas "pessoas amigas ou parentes", sendo que também fico reticente em manter contato pessoal. Como sou uma pessoa de bom coração, posso até desculpar e perdoar, desde que a pessoa seja humilde e entenda que agiu equivocadamente comigo, caso contrário, não me preocupo mais com aquele pessoa, posto que ela que fez a sua escolha. Portanto, que arque com as consequências. Não sou de guardar mágoas, mas apesar de respeitas as opiniões, as diferenças e os diferentes, tenho as minhas convicções e não suporto certo tipo de tratamento, de piadas de mau gosto ou generalizações. Tenho a opção de manter contato somente com pessoas que me fazem bem e que possam agregar e acrescentar boas ideais e exemplos de boas atitudes, senão houver respeito, não dá para conviver tão próximo. Que esse texto nos sirva de reflexão, caso contrário a questão fica mal resolvida e sem explicação. Diante do exposto, curto e respeito cada opinião. Não me julgo melhor ou pior que ninguém, mas ser achincalhado de forma direta ou indireta quer seja em casa ou nas redes sociais, cansa. CANSEI! Um cordial abraço a todos...
Eustáquio Braga
O que você faz ao receber um e-mail de um parente muito próximo, que sabe que você é petista de longa data, xingando Lula e mandando fotos de um jatinho, como se fosse dele, com foto de uma fazenda, como se fosse dele? Responde respeitosamente dizendo que aquilo é mentira e pede que não envie mais esse tipo de coisa, ignora ou esculacha de uma vez chamando a pessoa de ignorante para baixo? A que ponto as pessoas chegaram? Não respeitam mais sequer a opção ideológica dos parentes? Se acham no direito de enviar mensagens desse calibre para quem sabem que apoia o governo? Mas isso até que tem um lado positivo. Pelo menos estamos conhecendo um lado do caráter que não conhecíamos nas pessoas.
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