quinta-feira, 10 de julho de 2014

POLITIZAÇÃO INADEQUADA DA COPA

Como não sou de bater e esconder a mão. Assumo tudo que faço e digo porque faço. Então, veja que já publiquei a minha indignação:

http://www.dzai.com.br/thackyn/noticia/montanoticia?tv_ntc_id=99920



Acho uma tremenda palhaçada essa discussão tola sobre Copa do Mundo. Pior, essa politização do debate político com a questão da Copa. Tudo bem que foi no Governo Lula que foi aprovada a realização da Copa do Mundo no Brasil, mas a execução caiu nos braços da atual presidente, que não citarei o nome aqui para não fazer propaganda a favor ou contra esse ou aquele candidato ou candidata, posto que ela é candidata à reeleição, algo que foi possível graças ao Governo Fernando Henrique Cardoso, tudo feito a toque de caixa para que o mesmo fosse reeleito. 

Muito bem, feita a introdução, digo que se acaso a atual presidente perdesse a eleição de 2010, uma vez que a mesma era como se fosse o poste do Lula, tal qual em Belo Horizonte, o Márcio Lacerda foi o poste tanto do PT quanto do PSDB, sendo que ambos empurraram os seus candidatos na goela dos eleitores, numa eleição mais plebiscitária do que de discussão de ideias, ideais ou de proposta de governo, sem falar de questões ideológicas porque essas passam longe de qualquer candidato e/ou partido, uma vez que essas coligações ridículas e manipuladas pelo rateio do tempo da dita Propaganda Eleitoral Gratuita. Então, voltando à questão da Eleição de 2010, se a atual presidente perdesse a eleição, quem iria ser vidraça da vez seria um presidente tucano, que me recuso a mencionar o nome aqui porque acabaria com o sentido deste texto. 

Nesse contexto, não importa quem estivesse no Poder Central, a Copa, uma vez aprovada e ratificada pela entidade privada que a organiza, que também evito citar o nome, para não sujar o meu, essa copa deveria acontecer, a menos que àquela maioria que apoiou, torceu e vibrou quando o Brasil foi escolhido como país sede da Copa de 2014, fosse para as ruas, imediatamente, e repudiasse a realização da Copa, passando o bastão para qualquer país dito não emergente, que tivesse mais condições do que nós para realizar.

Confesso que, sempre fui contra a realização de uma copa do mundo aqui, muito embora tenha meus ideais políticos e tenha lutado, em muito, pela redemocratização deste país, bem como pelos direitos de todos nós trabalhadores, sendo que nem necessito falar em qual partido militei e trabalhei, não como membro, mas como simpatizante e pessoa ligada a movimentos sociais da sociedade civil organizada e/ou como dirigente associativo e sindical. 

Sim, não aprovo nada de errado, muito menos o mau uso e desvios de recursos públicos, pois corrupção é corrupção e não importa em que nível ou grau que ela aconteça, sendo que um país com as dimensões do Brasil, torna essa prática hedionda mais factível de acontecer em níveis municipais, estaduais e, é claro, no Governo Federal. A diferença, algo que necessitamos refletir, é a questão da investigação e prisão e julgamento desses crimes. Tudo bem, que agora foi possível prender muita gente, mas quantos outros estão soltos e jamais tiveram os seus inquéritos abertos.

Fico triste de ver tantas postagens ridículas de pessoas até então ditas como inteligentes, pois fazem parte da sociedade pensante, etc, etc, etc, sendo que não gosto de rotular pessoas, razão pelas qual dizer o verbete "elite" não soaria em bom tom no meu humilde texto.

Assim, se querem arranjar um bode expiatório; um boi de piranha, para politizar a perda da Copa ou a realização desse evento. Então, volte no passado e veja, onde iniciaram os rombos da previdência; os planos econômicos mal sucedidos; as falcatruas generalizadas; os desvios de fundos de pensão e de aposentadoria de servidores; a transferência das folhas de pagamento dos servidores públicos para bancos privados; as privatizações de empresas que davam lucro e não tão somente aquelas que oneravam os Estados e a União; a compra de votos que sempre existiu tanto na Câmara Federal quanto no Senado; o Caso Sivam, Coroa Brastel, Pasta Rosa, procuradores da União engavetadores de CPIs etc, etc, etc... 

Bem, agora se quiser fazer uma politização mais banal que é a banalidade de exacerbamento de uma coisa simples do futebol que é a derrota, vamos culpar o Juscelino Kubitschek. Pois é, se o Juscelino não tivesse levado a Capital Federal para Brasília, a Seleção Brasileira iria disputar o terceiro lugar na Copa das Copas no Rio de Janeiro. Não é o sonho de consumo das seleções nacionais jogar a final na Cidade Maravilhosa.

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