quinta-feira, 10 de julho de 2014

PLÁGIO

Hoje, não estou nem um pouco a fim de produzir textos, pois sei se começar, a compulsividade toma conta deste meu ser insensato e, não conseguirei mais parar. Assim, fugindo à regra que sem querer seguir sigo, deixarei o meu lado original para ser um fiel reprodutor de cópias, não digo univitelinas, pois o meu dom é de fazer poemas e não de pobres e ocas rimas, me aterei na nova e velha série: Vale a Pena Ler de Novo... Quem tiver a pachorra de ler que leia, quem quiser curtir sem ler que o faça, pois saberei disto. Quem quiser copiar que copie, pois não estou nem aí para o plágio. Aliás, por falar em plágio, hoje, uma amiga e colega de serviço me pediu para falar sobre plágio, fingi que não entendi a pergunta, pois tem coisas que pensamos, mas não falamos. Desta maneira, como não falei nada a ela, posso dizer agora o que penso sobre o plágio, mas irei discorrer da única forma que me vem na mente: poesia, coisa fácil de se fazer, basta exercitar o pensar e a escrita.

plágio

Em respeito aos direitos autorais
Quiçá o desejo e instinto de possessão
Acho que não devo me atrever em expor minha opinião
Tudo porque ela irá de encontro à opinião a alheia
Se toda unanimidade é burra como diria Nelson Rodrigues
Para preservar o direito do autor
Falei tão somente das minhas crias
Livres que são sabem que têm asas
E, voam à procura de olhos lentes
Pessoas amadas ou não, tristes e carentes
E, também, sem frescuras
Até àquelas pessoas que são alegres
E mostram os dentes e a sua brancura
Versos que cria com cesura...

Desta maneira escrevo desde um haicai
Até um Romance ou uma vasta Epopeia
E, em despontuadas palavras
Deixo as virtuosas rimas vagando pelas estradas
Fico contente quando alguém adota uma cria minha
Poema sem dono que na tela abandono
Seja um caliente poema de verão
Ou uma poesia despetalada feita no outono
Os melhores poemas faço-os dormindo
E, há quem duvide se algum dia tive sono
Poderia escrever mesmo que leitura
Versos rimados e outros repletos de brancura...

Tu percebes que se me deixar pensar vou longe
Escrevo poema erótico para frade e monge
Poderia aqui ser o criador e também triste criatura
Mas no silêncio da noite somente versos não te cura
Em repetidas palavras poderia encontrar a rima perfeita
Mas como não em empolgo com a métrica
Dou beijinho no ombro esnobando a estética
Não mais poesia, não mais, tu queres saber a receita
Em poesia concreta ponho massa, aguá em reta...
Tudo que deveria dizer não digo sobre o plágio
Como dizer de algo que também faço pouco caso

Para concretizar, a Arte Poética pede licença e passagem,
Porque se conseguiste ler essa introdução patética
Diante dos teus olhos que tudo ver: sinética...
Num lapso do minuto a tela apresenta somente bobagem
Não. É mentira, não sou de omitir.
Queria testar a sua paciência e fazer-te desistir.
Observe que agora, escrevo já pontuado
Porque o poema é fácil de entender se tiver te segurado.
Continuemos, pois, falar sobre o plágio porque este é o tema.
Agora, sei que ampliarei o rol de inimigos e este é o meu dilema.

Então, fico contente quando alguém adota cria minha
Feliz é o engalanado Galo que quer poleiro, pinto e também a galinha.
Veja, pois bem, que não estou nem aí para a criação,
Acho que para mim vale mais a criatura.
Tudo porque não posso cobrar o dom que me veio de graça
E, tem gente que registra tudo somente por pirraça.
Posso dizer que contendo fico quando alguém me copia
Pior quando alguém pega o poema dito meu e joga no vaso ou na pia.
Não mais, poesia assinada, não mais!
Veja que muitos poemas que faço sequer têm título
Tudo porque renego a titularidade
Para mim, poesia se faz e deixar ficar solta
Publico apenas na internet e tantas já perdi
Páginas que saíram do ar e levaram a antiga cria
Que se foi deve ter habitado quem um coração alheio
Poesia é fácil fazer, penso, escrevo e publico o dia inteiro.

Assim, resumindo a questão do plágio.
Falo que nunca publiquei livro solo.
E, que nunca registrei nenhum poema.
Acho que somente o fiz por força contratual
Creio que das antologias poéticas que participei.
Se alguém gostou tanto de um poema
A ponto de assumir a sua paternidade
Pai pode ser aqui quem cria,
Mas porque não quem assume a cria alheia.
Assim, deixo livre para quem quiser copiar e colocar o seu nome.
Fico lisonjeado quando alguém gosta tanto de um poema meu,
E, o assume como se fora teu...
Como não sou motorista da minha própria vida,
Lhes digo, que estou aqui de passagem...
Deixarei alguns poemas aqui cujo título único é:
Passagem & Acaso, caso vocês queiram copiar, segue o link:
http://thackynpoeta.blogspot.com.br/2012/10/passagem-acaso.html

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