A polícia fedorenta a mando de não sei quem e da mídia golpista arregimenta mais de duzentos agentes públicos e faz esse teatro todo para alguém que sempre esteve à disposição da Justiça, do Ministério Público e de toda a mídia com muita humildade e dignidade para falar sobre qualquer assunto que diz respeito à sua conduta pessoal e do seu governo e é um acinte aos cidadãos humildes do país. Lula poderia ser investigado até por crimes cometidos pelos seus antigos companheiros e aliados, mas jamais por mera vontade de pessoas ou de grupos econômicos e/ou da mídia que não vislumbra angariar mais benesses em futuros governos petistas. Se tornaram chatas tantas matérias sobre questões pessoais e gastos irrisórios que poderiam ser advindos de negociações ilícitas com empreiteiras que comprovadamente beneficiaram também os seus adversários políticos, mas nenhum deles foi sequer convidado e/ou conduzido coercitivamente para depor. O que Lula tem de diferente? Acredito que seja a maioria ampla do CAPITAL eleitoral conquistado pelos programas de inclusão social do seu e do governo de sua sucessora, Dilma Rousseff, exatamente porque foram esses governantes que se preocuparam com uma camada esquecida da população durante os mandatos, mas tão cobiçada em períodos eleitorais.
(...) "O cronista digital diz tudo isso pra tentar convencer quem dele venha discordar, por alguma razão ou paixão, que ele hoje se sente um eleitor comum, livre pra cobrar seus eleitos pela compra de um pedalinho de R$ 2 mil ou de um barquinho, ainda que mequetrefe, de R$ 4 mil. Ou de um apartamento no Guarujá – não em Higienópolis, imagina, onde mora o FHC, nem no Leblon, de onde muitas vezes já tocou seu mandato ou governou Minas o senador Aécio Neves.
Não faz muito tempo, cabia aos jornais denunciar um suposto crime; à polícia, cabia investigar; ao Judiciário, julgar. Hoje, com todo o respeito e sem qualquer fiozinho de ressentimento, preocupa a constatação de que a ordem das coisas se inverteu, e que nosso principal repórter é, num sentido figurado, o japonês da Federal. O pauteiro da redação é o juiz Sérgio Moro. E a nossa grande imprensa, com sua soberba e seus autoelogios incuráveis, só parece publicar o que deles vem, o que por eles se sabe – e, na contramão do que ensinam as boas escolas de jornalismo, sem contra-apuração..."
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