O uso doméstico ou humano da água representa apenas 1/5 (um quinto) de toda água que é gasta no nosso Estado. E os que mais exploram o recurso são os que menos pagam por ele. Apenas 21,8% da água bruta outorgada é destinada ao consumo humano. A maioria (69,3%) vai para agricultura, indústria e mineração. Esses setores, até agora, estão isentos, em Minas, de restrições, multas e sobretaxas discutidas nos planos de racionamento.
Preço da água. Das 36 bacias hidrográficas do Estado, apenas 11 cobram pela água captada, e o preço varia de R$ 0,01 a R$ 0,028 por m³ (1.000 litros) – e isso apenas para usos considerados “significativos” . “É um valor muito aquém do que seria justo pelo serviço ambiental que o rio exerce”, avalia o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, Marcus Vinícius Polignano.
Estudos feitos em duas das principais bacias de Minas – Rio das Velhas (que abastece a região metropolitana) e São Francisco – alertam que o volume de água captada por meio de outorgas está acima da capacidade reposição dos rios. De acordo com o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), que concede as licenças, o Estado tem, atualmente 16.209 outorgas, sendo 11.003 (67,8%) para uso de água subterrânea e 5.206 (32,2%), de superfície.
Autorizações para captação em rios e lençóis freáticos abrem caminho para exploração excessiva
OTEMPO.COM.BR
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