O verbete “insustentável” não possui apenas um significado, muito menos é claro. Pode ser caro para àquele que o sustenta, na sua insustentável ignorância de ser. Veja bem, Insustentável é um adjetivo que define: que não se pode sustentar; que não se pode defender: opinião insustentável. Ou seja, tudo depende do contexto ao qual o interlocutor o desejar à sua conveniência. Contudo, para aprofundar o estudo de uma palavra é preciso ser mais profundo e não tão raso, como são a maioria das pessoas que tentam utilizar dos recursos de linguagem e da oratória para impor sua vontade ou o seu desejo nas pessoas. Depois, esses se posam de democráticos dizendo que trata-se apenas da sua opinião e que aceita e respeita a opinião dos outros, Isto é pura balela, pois se aceitasse e respeitasse procuraria entender mais as diversas opiniões contrárias. Veja bem, o sinônimo de insustentável é indefensável, infundado e insubsistente, será que o autor do texto acima procurou substituir os sinônimos antes no verbete utilizado antes de escrever as suas sandices? Acredito que não. Vamos mais longe. O verbete insustentável possui um prefixo “in”, de negação, que atribui uma atividade não possível ou cabível àquilo que é “sustentável”. Contudo, o verbete sustentável também possui uma derivação de outro verbete: sustento. Assim, pode ser que, para uma grande maioria, a escolha mais plausível seja pelos verbetes sustentável ou sustento. Aquilo que provem ou fornece alimento para outrem. Que sustentável é um adjetivo que define: “que se consegue sustentar (manter); em que há ou pode haver sustentação. Que se consegue defender; defensável: teoria sustentável. Uso restrito. Que pode ser realizado sem que haja prejuízo (riscos) ao ambiente: desenvolvimento sustentável. Observe que o contexto pode ser direcionado também no verbete estudado. Contudo, observe o verbete sem derivação por prefixação ou sufixação: SUSTENTO. Logo, sustento é substantivo masculino que define a qualidade do sustentado ou condição de sustentação. Resume-me em alimento que é o combustível para a vida humana, para a sua manutenção e conservação. Tal qual a água, o alimento é algo necessário e primordial para a sobrevivência humana. Por isto, o alimento vem em primeiro lugar em qualquer escala de prioridades de uma pessoa ou de um grupo de pessoas e assim deve o ser para o Estado. No passado, as pessoas produziam somente o suficiente para a sua manutenção ou sobrevivência. Depois, como alguns terrenos eram propícios para somente um tipo de cultura, sendo que outros permitiam cultivar mais produtos, surgiu o escambo. As pessoas trocavam aquilo que tinha em excesso por outros produtos aos quais não possuíam. Lógico que com a invenção da moeda e do comércio, tudo ficou restrito e também, as pessoas passaram a dominar outras para produzir produtos para que os seus donos obtivessem lucro e sequer dividiam para àqueles que ajudaram na produção. Inicia-se o capitalismo e mata-se a ideia do socialismo. Mas desde os primórdios quem mais produzia não ficava com a porção de ração suficiente para a sua alimentação, mas os donos do terrenos ou do comércio que ficava com a mais valia. Ou seja, o lucro sobre o trabalho alheio. Agora, é moda dizer que os beneficiários do Bolsa Família vivem do trabalho dos outros que trabalham. Aliás, pelo que sei, os impostos mais pesados são os cobrados em cima dos bens de consumo, sendo que todos os cidadãos, trabalhadores ou não, pagam quando consumem produtos do mercado ou utilizam os serviços de terceiros ou serviços públicos. Logo, quem sustenta os programas sociais do governo não são apenas a parcela dita produtiva que paga impostos, pois todos pagam impostos. Contudo, essas pessoas rasas confundem as contribuições previdenciária e o imposto sobre o salário com impostos e acham que somente os assalariados contribuem para o Estado. Quanta bobagem e quanta balela temos que ler todos os dias. Dizer, então, que: Viver de mesada é um exemplo. Viver de bolsa "XXX" dada pelo governo à custa de quem trabalha também não é, isto é um absurdo, pois quantos cidadãos brasileiros vivem de mesada, pois a maioria sequer sabe o que é mesada. Mesada é para uma minoria, posto que a grande maioria começa a ralar muito cedo até na informalidade, pois quantas crianças perderam suas infâncias ajudando os pais na lavoura, na carvoaria, no comércio da família, na venda de produtos no sinal (farol)? Mesada é para os mesmos abastados que criticam o bolsa família. Para você que não saca nada o que é não ter nada na panela para comer, desafio a passa o mês com R$100,00, média do Bolsa Família por pessoa e saberás o que é ter privação e necessidade de ajuda. Experimente, não ter moradia, água encanada, luz elétrica, televisão, rede de esgoto e escola próxima de sua casa? Quero ver como você se comportará. É fácil falar dos outros quando se tem tudo, mas e aqueles que não têm nada e na sua região não tem emprego e o pouco que aparece é de gente que pensa como você, mas que também explora o trabalho do outro sem pagar-lhe salário decente ou efetuar o registro na sua carteira. Tem gente que é contra o bolsa família, mas vive mudando de emprego somente para viver do seguro desemprego e tem patrão que contrata somente pessoas que estão recebendo seguro desemprego para fraudar a previdência. Bem, mas este não é o foco deste texto, pois estamos tratando do bolsa família. Você diz que: Um dia, a fonte seca e quem vive na sombra vai ter de correr atrás. Você acha mesmo que quem necessita de seguro desemprego vive na sombra? Meu Deus! Que vergonha. Claro que tem pessoas espertas tanto de um lado quanto do outro, pois nem todos pensam de maneira igual. Pode ter uma minoria de pessoas que possuem esse espírito brasileiro do jeitinho; do levar vantagem em tudo; do ganhar sem produzir e viver às custas dos outros, como tantos filhinhos de papai fazem, mas se esses vivem ás custas dos pais pode. Mas esses mesmo filhinhos de papai utilizam os serviços públicos, as universidades públicas e vivem do dinheiro público. Mas eles podem? Já que eles “trabalham”, quando administram os negócios dos pais ou vivem estudando somente para concursos públicos afim de mamar mais nas tetas do governo. A única frase correta que você utilizou é “Por mais socialmente justificável que seja algo desse tipo”, será insustentável enquanto pessoas tão rasas e pensarem que o governo não tem obrigação de assistir os necessitados, pois o retorno dos impostos em serviços sociais básicos vão muitos além daqueles três mais citados: educação saúde e segurança. Aliás, somente um revolução no sistema educacional poderá minimizar os problemas sociais e incluir mais pessoas a ponto de a maioria não depender de programas sócias de combate à fome e à miséria. Contudo, a carga tributária, mesmo que pesada e uma das mais altas do mundo, ainda é muito injusta, pois não tributa as grandes fortunas com deveria, bem como não isenta os miseráveis que sustentam tanto quanto vocês os programas sociais do governo, que, aliás, se sustentam, pois com os recursos do bolsa família, a economia local cresce e aumenta o consumo, resultado: todos pagam mais impostos. O bolsa família também se sustenta, não é você que sustenta os miseráveis, fique tranquilo. Quanto ao comentário: Se esse que está pagando não quiser mais pagar ou não possa mais pagar, como é que fica? Nossa nunca vi uma pergunta não idiota e, sendo uma pergunta idiota, como o amigo me conhece bastante, terei tolerância zero. A palavra IMPOSTO, se o amigo não conhece, essa, sim, é muito cara e clara, pois o que é imposto não é facultativo, logo, não tem como não pagar. Podendo ou não pagar, impostos foram feitos para serem compulsoriamente pagos, não tem como fugir. Alguns imposto e algumas taxas, você pode até sonegar ou simplesmente deixar de pagar e estará sujeito às sanções da Lei. É assim que fica, querendo ou não querendo; podendo ou não podendo, todos terão que pagar. Uma coisa é certa, os benefícios do governo são administrados de acordo com o modelo de gestão de cada governante, isto é um erro. Logo, este governante, que tem o poder discricionário, pode alterar as leis e restringir ou cortar benefícios, conceder ou revogar programas. Tudo é possível, logo, é prudente quem fale em transformar os programas sociais em política de Estado, mas até políticas de Estado podem ser alteradas. Assim, quem deu ou mesmo quem não deu um benefício pode excluí-lo. Contudo, o ônus político de cortar benefícios coagem o postulante a cargos eletivos em pensar duas vezes antes de cortar benefícios. Ou seja, pouco importa a opinião minha ou tua, tudo ficará como dantes no quartel de Abrantes. Faço minha as tuas palavras quando disse: "Esses são apenas os meus pontos de vista sobre a questão... Aceito e respeito se você tem outro!" Mas como você deixou o espaço aberto para o contraditório, eis-me aqui de novo.