quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

METADES

Duas metades divididas
E outras duas metades doadas
É assim que nos completamos
Cedendo parte de nós
Para que cada um possar
Amar e se amar...
Somos unos


Anita Nunes
— com Anita Nunes.
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CONSCIENTE

Consciente
Com ciência
Da minha vã
Inconsciência
Tentei o Amor cego
Tateando-te
Muito além da superfície
Certo das ondas
E, das curvas incertas...
Abaixo da linha da cintura
Na cesura dos versos
:
Saciei os teus vícios...


REPOUSO

Quando a alma repousa
Não adianta o espírito querer se levantar
O corpo estaciona na cama
E não tem hora para acordar
Descansam juntos:
Corpo, alma e espírito
Até o dia em que o corpo
Já castigado e marcado pelo tempo
Resolve pedir um tempo...
— com Eustáquio Braga.

RENÚNCIAS

Não importam as razões do final
Muito menos o que houve durante
Histórias se desenvolvem sem o devido início
Podemos começar com o pé esquerdo
Ou desviarmos do caminho no meio
Os meios não justificam nada
Enrolação do enredo para alongar a trama
A famosa encheção de linguiça
Sem epílogo ou cenas dos próximos capítulos
Também encerram-se dramas
Que depois rimos lembrando
O quanto fomos comédias...


ABANDONO

Conheço mais que o significado dessa palavra polissílaba
Cada letra de sua grafia revela uma perda
Não basta o adverbio de negação
Não carece de separação silábica
Talvez a translineação seja mais adequada
Porque a separação fonética machuca
Você pensa que se trata apenas de um cuidado
Quem sabe um afago
Um aban....o: abano
Mas aquela pessoa que seria a sua responsável
Dona ou dono não te abana no calor
Aliás, não te ama a ponto de abanar
Ninar; balançar; cuidar; zelar...
Não há espaço para o lar
Mas aprendemos com esses erros
São lições que a vida nos ensina
Na prática somos forçados a lutar
E, sobrevir...
Apesar dos constantes abandonos...


FELIZ 2015

Ufa! Cansei. Realmente, 2014, como qualquer outro ano, passou...
Como o ano é o resultado da soma de 12 meses ou 365 dias, mas de quatro em quatro anos, temos mais um dia para aporrinhar os outros, pelo menos 2014 teve apenas a quantidade normal de dias. Putz! Foram 8.760 horas de voo cego sem rumo ou direção, muito embora, alguns digam que estavam convictos de suas decisões e dos seus destinos. Eu não, pois fiz muitas coisas que não gosto somente pela obrigação de pertencer a uma sociedade que exclui quem destoa dos demais . Agradeço a Deus pelo emprego, pelo trabalho e pelo salário, mas a minha renda mensal tive que ralar muito para tê-la: arriscando e investindo, mas confesso que nada disso é importante, pois tudo que vem, de maneira fácil ou difícil, sempre vai embora...
E, por falar em ir embora, tchau 2014, tenho certeza que tu não voltarás nunca mais. Este ano foi difícil, pelo menos grande parte dele, pois minha Teiquinha ficou 8 meses distante de casa, tudo em nome da manutenção do emprego e do salário, pois renda mesmo, essa nem teve tempo para tecer...
Este ano, tal qual 2013, foi também um ano de muitas vitórias e conquistas do meu Galão da Massa Alvinegra. Ganhamos mais dois títulos inéditos e não perdemos para o arquirrival, o cruzeiro, que tal qual o Galo, também obteve muitas vitórias e conquistou o segundo título nacional consecutivo. Isto, com certeza, foi muito importante para o futebol mineiro, pois os dois maiores clubes de Minas Gerais se consagraram como os dois melhores do Brasil e das Américas.
Parabéns, Atlético e Cruzeiro! Desejo que 2015 continue agraciando os times mineiros com novas conquistas, pois o adversário merece disputar o título mineiro contra o Atlético, mas o Galo deverá conquistar o Campeonato Brasileiro, a Copa Libertadores da América, a Copa do Brasil e o Torneio Mundial Interclubes...
Bem, mas chega de momento mãe Diná, pois o que eu mesmo quero e desejo a todos é que 2015 seja repleto de alegria e conquistas. Saúde, Paz, Amizade, Respeito Mútuo, Liberdade, Emprego, Salário e Renda, mas, acima de tudo, muita Solidariedade Humana. Foi-se o tempo que queríamos apenas coisas materiais e mudança de vida. Não devemos fazer planos, mas, sim, termo atitude, ir à luta e fazer a diferença. Quem sabe faz agora, não espera do céu descer...

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

SIGNOS & BEIJOS II


A teoria naturalista estabelece duas coisas
Observação e experimentação
Como bom poeta naturalista
Mesmo correndo o risco de ser anacrônico
Neste caso, aplicarei parte desse estilo
No caso não vale apenas observar
Tenho que experimentar
Mas não quero o beijo do escorpião
Muito menos o de um touro bravo
Se leão já o sou
Beijo uma leoa se preciso for
Beijo de peixe em supermercado
Vale mais que beijo gélido
Quando dado em água e aquário
Beijo ariano dado dentro do armário
Canceroso beijo com cheiro de cigarro
Beijo sob medida
Aquele beijo mudo dado através de libras
Beijo poético de escriba quase sagitário
Beijo consentido capricorniano
Mas em matéria de beijo
Estou quase virgem
Teria que aumentar a amostra
E beijar todas as mulheres
Para apreender um pouco mais
Se de todos estes beijos
Viessem doce suspiro
Longo beijo da morte o beijo do vampiro
Beijo de donzela é selo valioso
Um beijo no cangote roubado é mais gostoso
Quem sabe beijando o espelho
Tu consigas mais que meus ais...
Beijo lambido e molhado
Tal qual o beijo inocente dos animais...

VAMOS REFLETIR?

Não deixe para amanhã
Tudo que der vontade de fazer, faça...
Não espere ação alheia
Se perceber que pode fazer algo, faça...
Não precisa ter ansiedade
Tudo tem o seu tempo e a sua hora, espere...
Não necessita pedir
Se tiver fé seja perseverante no pensamento positivo, insista...
Não escreva uma lista de desejo
Se quiser conquistar algo, tente uma coisa de cada vez, lute...
Não precisa curtir ou comentar este post
Se quiser ter a presença Dele, simplesmente, abra o teu coração: ACEITE...
Mas se quiser compartilhar
Tome uma atitude, não espere pelos outros, faça você mesmo...

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

FACE DA FOME

F iguras de linguagem não ilustram
O utra face da miséria vinda do além
M ar que a moldura de cadeiras não
E sconde toda a dor e a
F ome destes seres esqueléticos
O utrora vejo imagens belas em versos
M aravilhosos na opinião de amigos
E sculpidos em telas nada quentes
F rias imagens da realidade escondida
O ndas de confetes e serpentinas na sombra de
M enino e menina de rua de pele
E scura que jamais são fotografados
H oje mostro a verdadeira face da exclusão desumana
O ntém tu apresentavas belo sol e o mar de águas claras, mas a
M elhor imagem da vida jamais retrata a desigualdade
E stranha maneira de versejar a
M iséria que ainda clama por melhor política: a da solidariedade humana...
F orma geométrica nada corporal de
O cultas almas que fogem da fome ou
M elhor se escondem dos próprios
E spíritos que vagueiam MORTOS...
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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

UM NATAL DIFERENTE

Que o Espírito do Natal possa nos conduzir e influenciar nossas atitudes durante todo Ano Novo que se aproxima...
Não gosto de festas natalinas
Principalmente as realizadas
Nos ambientes de trabalho
Ou àquelas em que você é convidado por osmose
Em razão de ter mantido relação de amizade com alguém próximo de outro alguém
Nessas festas, aparecem pessoas que te evitou o ano inteiro
Pessoas que jamais de cumprimentou
Até pessoas que te sacaneou
No ambiente de trabalho reina a hipocrisia
Gente que se veste de uma natalina fantasia
Somente para te iludir e enganar
Com mensagens de amor, paz e prosperidade
Quando lhe deseja todo o mal e este é de verdade
Nessas festas de final de ano é duro não retribuir
Você fica com o vilão da história
Posto que não engole gente falsa
Por isto, evito tais encontro.
Se participo de festas contigo
Certamente é porque de ti gosto
Você que me lê e me conhece sabe o que digo
Gosto do Espírito do Natal
Não apenas o da data marcada pelo consumismo
Se somos solidários no natal
Por que não fazermos isto durante todos os dias do ano?
Levo comigo o teu desejo mais secreto
Aquele que nem papais noéis descobrem
No dia 25 de dezembro
Data marcada pelo nascimento do Teu Filho Ilustre
Nutre-nos com o Teu amor
Ceia com a nossa alma
Desejo-te um Natal diferente
Que tal vestir-se de menino e apenas brincar de ser feliz!
FELIZ NATAL!
Thackyn

EXCLUSÃO DESUMANA

No passado
Fui excluído
Encarnado e
Esculpido
Na miséria
Dos meus pais
Que me abandonaram
À sorte das musas
Com sorte
Sobrevivi
Apesar da fome
Em que pese o homem
Daria tudo
Por uma bolsa cheia
Não de dinheiro
Apenas de pão
Ou qualquer outro alimento
Já seria o suficiente
Porque a alma
Sim estava alimentada
Do discurso alheio
Sem pão de centeio
Filho de pai e mãe
Ausentes
São apenas seres
Indigentes
Que vivem da caridade do outro
Se não tinha bolsa
Seria porque sequer
Tinha família
Que me taxava de peso morto
Muito embora fosse raquítico
Desnutrido
Sem bolsa e sem família
Cercado numa ilha
De parentes de tinham tudo
Do bom e do melhor
É, a exclusão,
Essa conheço desde
Aquilo que outros
A chamavam de casa...
Agora, vejo as cadeiras vazias
Azul cor da dor
Mas esses objetos
Jamais foram abandonados
Apenas descansam
Se refrigeram á luz do sol
Que bronzeia sem queimar
A tua tez privilegiada
Enquanto passeias
Enquanto pescas
Enquanto contemplas
Lá no morro
Aonde há degraus
Não no teu mar
Que sequer muitos conhecem
O pau come
Apenas o pau come
Não o menino...
Não tem como mimetizar a desigualdade
Apenas a fome pode ser pintada
Em cores azuis
Como deve ser o sangue
Daqueles que passeiam
Nas ruas dos meninos
Rua essa que os exclui
Rua essa os abandona
Rua essa que os ampara
Antes do amargo sabor da bala...
Tal qual as almas cortadas]
O meu espírito também fora retalhado no passado,
No cárcere privado que vivi,
me alimentando apenas da própria saliva,
mastigando e engolindo seco a fome...]
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AUSÊNCIA

Ninguém se acostuma
Com a ausência da imagem
Atração invertida
Que meninas não captam
Capitaneando pigmentos
Em uma paleta de cores
Imagino-te inerte, silente e triste
E, com o pensamento distante,
Percebo-me em teu pensar
Meus olhos lentes
Distanciam-se das luzes
Explosão de sentimentos ausentes
Presentes somente no imaginário
Quiçá do Poeta que não deixa morrer
O desejo de amar teus olhos
Exatamente porque essas janelas se abriram
Em um momento contemplativo de retinas
Duplicaram face to face quatro outras meninas
Oh, fé desesperada de alma descarnada
Cílios se vociferaram em lágrimas
Algumas caíram e outras se alojaram
No silêncio de mudas vozes perdidas
Distantes espíritos conduziram suas almas
Na procura insólita dos pixels
Que se solidarizaram, juntaram-se e se amontoaram...
Para transmutar uma imagem desfocada
Daquele último momento
Em que teus olhos fitaram o meu...
Thackyn Braga

Na sutileza das letras, junto palavras em versos somente para ceder espaço para os momentos em que sinto necessidade de deixar o meu lado contemplativo na cadeira ao lado, para mimetizar a vida e o belo alheio com nova cria que segue em homenagem a uma ou várias outras obras, mesmo na minha suposta ausência. Esta obra abaixo me incentivou, pois a inspiração do ser humano deve ser constante enquanto esse viver...http://vitrinedalua.wordpress.com/.../costume-de-ausencia/
COSTUME DE AUSÊNCIA... Tormenta da ausência Audaz e contundente Imposta - me é tortura Degradando meus...
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