sexta-feira, 24 de novembro de 2017

CRÔNICA DE QUINTA

Nas quintas-feiras sempre me perguntam se há novidades; se as tenho; se trago boas novas; ou se tenho notícias alviçareiras?
Verdade ou mentira, posto que sou tido como poeta, um fingidor, sempre direi alguma verdade ou alguma mentira. Vá saber?
Talvez, eu seja uma das poucas pessoas que sempre são portadoras somente das más notícias. Aliás, tenho como premissa nunca dar uma resposta de pronto mesmo tendo alguma resposta na mente.
Como poderia eu ter notícias alviçareiras se sequer conheço Alviçaras?
Claro que notícias Boas não as trago, mas trago um pouco daquilo que tanto ansiava e queria o Saramago: tempo e vida. Tempo para vos escutar e um pouco de vida para compartilhar aliado à experiência suficiente para saber que 80% das perguntas feitas pelos sabatinadores, eles não querem saber as nossas respostas. Querem repassar as suas fofocas ou rebater a nossa opinião.
Dizei-me, então, quais notícias vós quereis, para saber se as trago?
Mas confesso que, basta-me um trago de vida sem mais necessidade de notícias boas ou ruins que possam provocar mais estragos.
Estou regressando de Brasília...
Que tipo de notícias tu achas que teríeis eu?
Ficou embasado e embaçado ao mesmo tempo, né!?


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