sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

NA REAL O SER VIRTUAL

As pessoas sempre foram valentes, corajosas e insensíveis, sem generalizar, porque sabemos que há e conhecemos pessoas sensíveis ao extremo, pois a "tendência" é que os artistas, escritores, professores e poetas tenham a sensibilidade mais aflorada, apesar de todo o "fingimento" e do mundo de aparências que perpetua nas redes sociais.
Todavia, as pessoas também enganam e a virtualidade escancarou as mazelas e o verdadeiro pensar da maioria, deixando-os mais expostos. Eu também me sinto assim: incrédulo.
Contudo, não creio que seja apenas um momento. É o advento das mídias eletrônicas e da virtualidade que deixou o ser humano mais à mostra.
Agora, sabemos mais uns dos outros e nos expomos mais, não fica somente a fachada da criança, do jovem ou do adulto e dos seus conflitos. Não mais que de repente, somos o conflito ao vivo e em cores 24 horas por dia.
Assim, a decepção se tornou o ingrediente mais comum no nosso café da manhã ou na hora um. Mais um dia e menos vinte quatro que se multiplicam pelo rol de pessoas que transitam entre perfis, lembrando dos vários perfis e das várias faces dos mesmos seres humanos que se mostram cada mais desumanos e odiosos...
Lembrando-lhes que, mesmo sendo um ser virtual e possuindo um lado artista, razão pela qual aderi as redes sociais, única e exclusivamente, para publicar os meus textos poéticos, na vida sou o ser real que sofre com o sofrer alheio e com os problemas e as causas coletivas, bem como o meu lado socialista falou mais alto e fez-me expressar como um cidadão e não apenas um mero contribuinte ou mão-de-obra barata da sociedade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário