domingo, 27 de janeiro de 2013

VIVÊNCIAS

Apesar do vácuo; do interstício; do oco; e, do vazio...
Tenho saudades de tu que és o meu vício
O sentimento que me invade e arde a alma entristecida
Não consegue fazer do poeta um ser suicida

O Poeta não morreu, apenas partiu antes...
Vagou pelo lume de sentimentos e voltou junto com o louco amor
É verdade que ébrio não posso regressar ao início
E consertar os buracos de um longo precipício

Na contramão da nossa história vem outras vidas alheias
Se não podemos caminhar juntos pela estrada é melhor não ter esteiras
Mas se andarmos juntos em direção não é solução
Andar em pistas separadas se preciso for até recuperar a razão


Então, se nau não encontra navio sobra o mar de lágrimas
Amor não é sentimento simples e compacto produzido em fábricas
Se o distanciamento e o silêncio fizerem sentido
Tanto importa a saudade e o desejo de colo e um coração partido


Não quero o falso domínio da situação
Nem mesmo viver uma mentira por ilusão
Óbvio que o pátio vazio causa dor e frio
No silêncio gritado em que vivo falta fogo e pavio


Uma vez que a bomba relógio instalada no meu peito
Causa uma angústia ouvir somente o tique taque sem o bum...
Se tudo explodisse em desejo; abraço; carinho; e, beijo...
Até a cama seria dispensável para o ser que de amor flutua
Quando mesmo na loucura da ausência sente a presença tua...

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